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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estranho


Sou aquele estranho que não evito ninguém, mas muitos me evitam.
Sou aquele estranho tão bom que me torno mal.
Sou aquele estranho que não admite erros.
Estranho por ser original, por ser único e verdadeiro.
Igor Freitas

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sonho


Suor descendo pelo corpo.
O tambor cresce e os passos ficam lentos.
A cabeça roda e largo os pensamentos.
O corpo mexe, e não sinto um membro.
   A alma dança, e da espaço a um amigo.
A corrente é forte, e só se parti na manha seguinte.
Bebo da água quente, e meu corpo treme.
Tremendo e dançando no compasso do atabaque.
Entro em sintonia com os já se foram.
E chamo os que me protegem.
Os tambores mas não ouso.
   As vozes ficam claras.
E acordo em um chão de folhas raras.
Achando estranho me levando.
Em uma casa cheirosa, onde todos são irmãos.
No trono vejo a rainha em baixo seus súditos.
Com uma corrente de ouro velho, me disfarço e jogo na imensidão.
Perdendo não só o ouro.
Também o sono e saindo da ilusão.
                                                     Igor Freitas

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Trilha


De lado a responsabilidade de saber o que quero.
Do outro o medo de arriscar.
Vontade de largar tudo e sumir.
E botar meus sonhos em risco.
O que eu sonho, quero, busco.
Não sei, a indecisão é minha amiga sincera.
Talvez trilhando um caminho do nada.
Levando a vida em uma jornada seguida de desilusões.
Possa acordar e ver.
O que quero e busco, obcecado pelo medo de errar.

Trilha do Amanha

Loucos Normais


Enquanto uns dormem.
Nas noites os loucos acordam.
Nas ruas antigas e sinistras se aventuram.
É na noite que eles podem ser livres.
Onde encontram seus amigos e rivais.
Na madrugada se encantam.
Protegem-se do conhecido.
E procuram o desconhecido.
Vivem uma alucinação momentânea.
A procura de quem verdadeiramente o ama.
Chamados de lobos de vampiros de desgraçados.
Não querem nem saber, preferem ser condenados.
A ter as obrigações, como função de sua vida.
Os loucos da noite são os estranhos do dia.
São os poetas consagrados
São os cantores exaltados
É a face da liberdade
No momento da indecisão eles tomam um rumo da sinceridade.
Da qual a sociedade sempre se esconde.
Igor Freitas