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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sonho


Suor descendo pelo corpo.
O tambor cresce e os passos ficam lentos.
A cabeça roda e largo os pensamentos.
O corpo mexe, e não sinto um membro.
   A alma dança, e da espaço a um amigo.
A corrente é forte, e só se parti na manha seguinte.
Bebo da água quente, e meu corpo treme.
Tremendo e dançando no compasso do atabaque.
Entro em sintonia com os já se foram.
E chamo os que me protegem.
Os tambores mas não ouso.
   As vozes ficam claras.
E acordo em um chão de folhas raras.
Achando estranho me levando.
Em uma casa cheirosa, onde todos são irmãos.
No trono vejo a rainha em baixo seus súditos.
Com uma corrente de ouro velho, me disfarço e jogo na imensidão.
Perdendo não só o ouro.
Também o sono e saindo da ilusão.
                                                     Igor Freitas

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Trilha


De lado a responsabilidade de saber o que quero.
Do outro o medo de arriscar.
Vontade de largar tudo e sumir.
E botar meus sonhos em risco.
O que eu sonho, quero, busco.
Não sei, a indecisão é minha amiga sincera.
Talvez trilhando um caminho do nada.
Levando a vida em uma jornada seguida de desilusões.
Possa acordar e ver.
O que quero e busco, obcecado pelo medo de errar.

Trilha do Amanha

Loucos Normais


Enquanto uns dormem.
Nas noites os loucos acordam.
Nas ruas antigas e sinistras se aventuram.
É na noite que eles podem ser livres.
Onde encontram seus amigos e rivais.
Na madrugada se encantam.
Protegem-se do conhecido.
E procuram o desconhecido.
Vivem uma alucinação momentânea.
A procura de quem verdadeiramente o ama.
Chamados de lobos de vampiros de desgraçados.
Não querem nem saber, preferem ser condenados.
A ter as obrigações, como função de sua vida.
Os loucos da noite são os estranhos do dia.
São os poetas consagrados
São os cantores exaltados
É a face da liberdade
No momento da indecisão eles tomam um rumo da sinceridade.
Da qual a sociedade sempre se esconde.
Igor Freitas